O que aconteceu de mais importante em inovação e tecnologia no mês de abril, compilado para você!
O que você vai ver nesse material:
Dados do mês: Top 20 ações do S&P 500 são responsáveis por 90% do retorno do índice; investimentos globais em VC retornam a patamares pré-pandemia
Índices e ações: Big techs, Tech BR e Cripto
Análise macro: Brasil e mundo
Principais notícias do mês: Apple lança conta poupança; Revolut avança no Brasil; taxação das varejistas chineses
Recomendações: Cenário Digital no Varejo, by BRQ; #SnaqReview e Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023
📈 Dados do mês
📊 Top 20 ações do S&P 500 são responsáveis por 90% do retorno do índice
O S&P 500 é considerado uma das principais índices de referência de desempenho do segmento de alta capitalização (#largecap) dos Estados Unidos. É composto por 500 empresas, ponderado por capitalização de mercado ajustada ao free float. O valor de mercado do S&P 500 responde a cerca de 80% da capitalização total do mercado de ações americano. Go deeper.
Apesar das dificuldades que o setor está enfrentando nos últimos meses, nota-se que as empresas de #tecnologia dominam o S&P 500, tanto em peso quanto contribuições para o retorno do índice, conforme o gráfico a seguir:
Desde o início do ano, o S&P 500 acumulou um retorno de 7,55%, segundo dados da Bloomberg, compilados pelo Genuine Impact.
Das 20 principais ações do S&P 500, apenas 4 empresas não são do setor de tecnologia.
As principais empresas do índice contribuíram com 7,08%. Desse total, as big techs foram responsáveis por mais de 90% do retorno! Apple, Microsoft e NVIDIA contribuíram com 1,5%, 1,2% e 1,0%, respectivamente.
💰 Investimentos globais em VC retornam a patamares pré-pandemia; ticket de rodadas early stage salta 48%
Em 2022, foi inaugurada a era dos #rounds menores em meio aos ajustes do mercado, depois do "boom" visto em 2021, concentrado em startups mais maduras. Com aumento de juros e redução da liquidez, os #investidores estão mais cautelosos, e, por consequência, os valuations estão mais apertados e as due diligences mais difíceis para fechar rounds maiores.
E no mês de abril não foi diferente: o investimento global em venture capital (#VC) totalizou US$ 21 bilhões, queda de 56% YoY. No 1T'23, esse valor chegou a US$ 58,6 billhões, segundo dados do Crunchbase.
A partir da imagem a seguir, podemos observar os números que verificam essa tendência e quais são as perspectivas para o ecossistema:
Crescimento do número de rodadas menores: cerca de 20% de todos os investimentos VC no 1T'23 foram rodadas menores, a maior proporção desde 2018. Em contraste com startups maduras, os valuations (medianas) de startups early-stage saltaram em comparação a níveis pré-pandemia
M&As no radar: houve um crescimento de 20% do número de startup adquiridas ou fundidas com outra empresa saltou 20% no 1T'23, na comparação trimestral. Quase 60% dessas transações foram avaliadas em US$ 10 milhões ou menos. Em um ambiente desafiador para levantar capital, algumas startups menores estão por esse caminho.
💰 Ecossistema de inovação LatAm capta US$ 436 milhões; insurtech brasileira Cilia lidera ranking de maior aporte do país
O ecossistema de inovação da América Latina seguiu pressionado em abril. Por outro lado, o volume de investimentos em startups latino-americanas saltou 78% em comparação mensal e representou o 2º mês mais ativo de 2023 depois de janeiro, no valor de US$ 733 milhões.
Confira os highlights do ecossistema de inovação latino-americano em abril:
61 rodadas de #investimentos na região, das quais 62% foram realizadas em startups #brasileiras
US$ 436 milhões investidos, sendo 25% do valor direcionado para startups brasileiras e quase metade foram via rodada #debt
As #fintechs receberam 51% desse total, seguidas por 23% em #proptechs — representatividade impulsionada pelos aportes nas startups Fairplay e Habi.
Foram registrados 13 M&As, sendo 10 #aquisições e 3 #fusões
#ZoomOut: No 1T'23, os investimentos na América Latina (exceto venture debt) totalizaram cerca de US$ 500 milhões, queda de 84%, segundo dados do Crunchbase. Nota-se que não houve mega-rounds (acima de US$ 100 milhões), o que justifica parte da forte queda registada na região. Em 2022, só o SoftBank Latin America Ventures participou de seis rodadas.
Os principais investimentos do mês de abril foram na Fairplay (fintech mexicana) e Habi (proptech colombiana), ambas no valor de US$ 100 milhões, em rodada #debt. No Brasil, a principal rodada foi na insurtech Cilia Tecnologia, no valor de US$ 21,7 milhões (cerca de R$ 110 milhões), liderada pelo fundo VC Cloud9 Capital e com participação do Mercado Livre.
Fundada em 2012, a #Cilia criou um software que auxilia seguradoras, oficinas e fornecedores de peças a fazerem orçamento no setor automotivo e tem um banco de dados com mais de 18 milhões de peças cadastradas. Entre seus principais clientes, estão Allianz, Bradesco e Tokio Marine.
#ZoomOut: Fernando Yunes, principal executivo do Mercado Livre no Brasil, disse que a categoria de autopeças tem um desempenho significativo e a iniciativa é uma alavanca para o negócio de veículos, que tem muito espaço para crescer no país. Recentemente, o Mercado Pago passou a ofertar financiamento de veículos também. Go deeper.
🛍️ Report Cenário Digital do Varejo no Brasil
Em parceria com a BRQ, a Snaq publicou um novo report sobre o cenário de #digitalização do #varejo no Brasil em 2023. O que você vai ver nesse report:
📈 Índices e ações
📊 Temporada de balanços em Wall Street; Ibovespa se mantém no patamar de 104 mil pontos
O mês de abril foi positivo para os principais índices de #WallStreet, com destaque para a temporada de resultados dos principais bancos locais e empresas de tecnologia. Por sua vez, o #Ibovespa registrou menor volatilidade e acumulou ligeira alta no período.
Os principais índices de referência dos Estados Unidos — S&P500 e #Nasdaq — se manteve estável em meio à temporada de resultados do primeiro trimestre. O desempenho do setor bancário era amplamente aguardado, a fim de mensurar os efeitos da crise de confiança no setor bancário local, instaurada com a quebra do #SVB em março.
Confira o #lucro trimestral (1T'23) dos bancos americanos:
JP Morgan (#JPM): US$ 12,6 bilhões (+52% YoY)
Wells Fargo (#WFC): US$ 4,9 bilhões (+32% YoY)
Citigroup (#C): US$ 4,6 bilhões (+7% YoY)
#ZoomOut: O destaque foi o resultado do JP Morgan, com lucro 20% acima do consenso impulsionado pelo aumento do volume de depósitos, oriundos de outras bancos americanos de médio porte. Em meio à crise de confiança, houve uma migração dos depósitos para instituições mais tradicionais. Essa tendência é sustentada pela premissa "too big to fail".
Em relação às gigantes da #tecnologia, o destaque negativo do período foi a #Tesla. No dia 20 de abril, a montadora de Elon Musk apresentou os resultados abaixo do esperado, em função da política de redução de preços dos veículos elétricos. Como efeito, as ações acumularam forte queda, voltando para o menor patamar desde novembro de 2020. Go deeper.
O #Ibovespa fechou o mês com ligeira alta de 2,5% e se manteve no patamar de 104 mil pontos. Das 88 ações que compõem carteira teórica do Ibovespa, 77 subiram, 9 caíram e 2 ficaram estáveis em abril. Em relação às empresas brasileiras de #tecnologia, os destaques positivos foram Stone, Neogrid e XP, devido a uma forte correção de preços.
🪙 Binance realiza 23ª queima de tokens BNB; Ripple segue penalizada pelo processo movido pela SEC
As principais criptomoedas fecharam o mês com bom desempenho, acima dos principais ativos de risco.
O Bitcoin (#BTC), criptomoeda com maior valor de mercado da atualidade, acumula alta de 70% desde o início do ano, com cotação máxima de US$ 29 mil (1 BTC = cerca de R$ 110 mil). A onda de otimismo entre os investidores está associada à redução dos juros nos próximos meses. Este viés de alta favoreceu todo o mercado cripto.
O destaque positivo de abril foi o desempenho da Binance Coin (#BNB), associado à 23ª queima trimestral. Mais de 2 milhões de tokens (cerca de R$ 3,4 bilhões) foram "queimados". O motivo? Reduzir a oferta em circulação ao longo do tempo, tornando-o resistente à inflação e um ativo de reserva de valor.
#ZoomOut: O processo de queima ocorre via BNB Auto-Burn, que consiste no envio do BNB para um endereço sem chave privada — assim, elas nunca mais poderão ser utilizadas. A meta da Binance é reduzir gradualmente a oferta até 100 milhões de BNB.
Na contramão, a Ripple (#XRP) foi pressionada por atualizações no processo movido pela SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos). Brad Garlinghouse, CEO da Ripple, disse que mais de US$ 200 milhões foram gastos na defesa do processo e lamentou a forma que o país está conduzindo a regulamentação do mercado cripto.
#ZoomOut: Em 2020, a SEC acusou a Ripple de enganar os investidores ao vender valores mobiliários não registrados de XRP, o que foi negado pela empresa. O fim do processo definirá se os tokens XRP podem ser considerados valores mobiliários ou não.
🔍 Análise macro
Os bancos centrais das principais economias do mundo continuam com o ciclo de aperto monetário (aumento da taxa de juros) em função do cenário inflacionário resiliente. Como efeito, a desaceleração da economia global segue no radar.
No dia 3 de maio, ocorreu a "Super Quarta", ocasião que as decisões de juros foram divulgadas no Brasil e nos Estados Unidos. As decisões foram pautadas no atual cenário e perspectivas quanto à atividade econômica, e têm efeitos diretos na dinâmica dos ativos financeiros.
📊 Macro Global
Estados Unidos
O Federal Reserve destacou a elevação das principais métricas de atividade econômica (emprego e inflação) no período. Apesar da crise do setor bancário, a extensão dos seus efeitos no nível de atividade econômica permanecem incertos. A taxa básica de juros local saltou para um intervalo entre 5,00% e 5,25%, alta de 0,25 bps, e a reversão do aperto monetário nos próximos meses segue no horizonte. Go deeper.
China
A economia chinesa apresentou um resultado acima do esperado no período em função das políticas de estímulos do setor imobiliário e da retomada das atividades, dado o fim da política de covid zero. Isso deve favorecer exportadores e fornecedores de insumos para o país. O PIB da China cresceu 4,5% no 1T'23, na comparação anual, e a inflação se manteve estável.
Europa
O Velho Continente foi favorecido por uma reversão positiva das projeções econômicas, em função da queda dos preços de gás natural e da reabertura da economia chinesa. Em paralelo, o ciclo de alta dos juros promovido pelo Banco Central Europeu começou a gerar efeitos sob a demanda. Assim, o autoridade monetária reduziu o ritmo de alta para 0,25 bps.
📊 Macro Brasil
O Copom não alterou sua postura quanto à condução da política monetária e manteve a taxa Selic em 13,75% a.a. pela 6ª vez consecutiva. Em nota, destacou a permanência de um ambiente exterior adverso e fatores conjunturais internos, marcado por incertezas quanto ao arcabouço fiscal e compromisso com o regime de metas de inflação. Go deeper.
📊 Análise Big Techs
A temporada de resultados 1T'23 das big techs foi positiva, com números acima do consenso. Dado o cenário macro mais restrito, as respostas dessas empresas foram corte de gastos e priorização de áreas mais estratégicas, com destaque para a inteligência artificial.
🍎 Apple
Apesar da queda de receita e lucro líquido, em função da redução do poder de compra dos #consumidores, a companhia mais valiosa da atualidade registrou um crescimento na venda de #iPhone e novo recorde na verticial de serviços — que inclui iCloud e Apple Pay. Go deeper.
Vendas iPhone: US$ 51,3 bi (+2% YoY)
Vendas serviços: US$ 20,9 bi (+5% YoY)
Receita: US$ R$ 94,8 bi (-3% YoY)
Lucro: US$ 24,1 bi (-3% YoY)
🛒 Amazon
A gigante do varejo apresentou resultados acima do esperado. Entre os destaques, estão o desempenho da #AWS — que lidera o mercado de computação em nuvem, com 32% de market share — e o impacto positivo dos cortes de #custos no período: US$ 500 milhões.
Vendas líquidas: US$ 127 bi (+9% YoY)
Lucro: US$ 3,1 bi (vs. prejuízo US$ 3,8 bi no 1T22)
🔍 Alphabet (Google)
Apresentou lucro inédito de US$ 191 milhões da vertical Google Cloud. Em relação ao negócio de #publicidade, sua principal fonte de receita, os números foram positivos, apesar do contexto adverso de redução dos investimentos de anunciantes e aumento da concorrência no setor.
Receita: US$ 69,7 bilhões (+3% YoY)
Lucro: US$ 15,1 bilhões (-8% YoY)
💻 Microsoft
Apresentou crescimento no negócio de computação em #nuvem — que representa 40% da receita total da companhia — impulsionada pela forte demanda no período, e avanço em iniciativas de inteligência artificial (#IA)— com destaque para o investimento bilionário na OpenAI, criadora do #ChatGPT.
Receita: US$ 52,9 bilhões (+7% YoY)
Lucro: US$ 18,3 bilhões (+9% YoY)
♾️ Meta (Facebook)
Apresentou crescimento de receita pela 1ª vez depois de três trimestres consecutivos de queda. Zuckerberg disse que 2023 seria o “ano da eficiência” da companhia. Com o aumento da #concorrência e redução de receitas no segmento de publicidade, a Meta cortou de gastos e concentrou investimentos em #IA e #metaverso.
Receita: US$ 28,6 bi (+3% YoY)
Lucro: US$ 5,7 bi (-24% YoY)
📩 Principais notícias do mês
🍎 Apple lança conta poupança para clientes do Apple Card
Feita em parceria com o Goldman Sachs, a novidade traz rendimento anual de 4,15% ao ano — 10x maior que a média dos Estados Unidos — e não tem taxas, depósito mínimo ou requisitos de saldo.
A conta #poupança visa gerar mais receita da big tech com os serviços financeiros e oferecer soluções integradas “em um só lugar”, com o objetivo de fidelizar seus clientes.
🏦 JP Morgan ganha leilão e comprará First Republic Bank
O gigante de Wall Street deve adquirir grande parte dos ativos e depósitos do First Republic na operação de resgate liderada por reguladores. A crise no setor levou a uma onda de saques de US$ 100 bilhões em depósitos em poucos dias no First Republic — desde então, suas ações acumularam uma queda de 97%. O valor da operação não foi divulgado.
🛍️ Shein diz que fabricará roupas no Brasil
A medida é uma resposta ao anúncio do Governo Federal, que estuda a taxação de remessas internacionais. A empresa deve fechar mais de 2 mil parcerias com fabricantes brasileiros e investir US$ 750 milhões até 2026 para adaptar fábricas locais ao seu modelo de produção.
#ZoomOut: Hoje, 70% dos produtos vendidos no Brasil vêm da China. Nos próximos quatro anos, a empresa chinesa deve inverter essa lógica: 85% da produção será feita no Brasil.
▶️ Revolut é lançado no Brasil
Fundada em 2015, a Revolut é uma das principais fintechs da União Europeia, com quase 30 milhões de clientes e atuação em mais de 30 países. Os primeiros produtos lançados no Brasil são uma #contadigital global e investimentos em #criptomoedas.
A fintech deve obter licença do Bacen em breve para concorrer com outras empresas locais em áreas como conta corrente e empréstimos também. Enquanto isso, deve usar a solução BaaS da #Bexs.
#ZoomOut: A fintech brasileira Bexs foi eleita a 2ª startup mais #inovadora do mundo em 2022 pela CNBC — só ficou atrás da OpenAI (ChatGPT). Começou oferecendo cartões de crédito para outras startups e, nos últimos dois anos, criou um software completo de #gestãofinanceira B2B. Com mais de US$ 1,5 bilhão captados, seu valor de mercado é estimado em US$ 12,3 bilhões.
Junto com o banco BV, a Snaq participou do Web Summit Rio 2023, um dos maiores eventos de #inovação do mundo! O banco BV promoveu diversas conversas em um palco com conteúdo ótimo, com convidados como Silvio Meira (cientista), Luiz Justo (Rock in Rio) e Davi Holanda (Méliuz). Veja tudo nos destaques da Snaq! 🚀
Inteligência artificial (#IA), uso de dados, #regulação e experiência do #consumidor foram alguns dos temas mais quentes entre os especialistas palestrantes do palco principal. Confira os insights do evento:
▶️ Chelsea Manning (Nym), especialista em segurança e #privacidade digital, destacou a responsabilidade dos profissionais e das empresas quanto ao uso de #dados de usuários para treinar ferramentas de IA e outras tecnologias, sem depender de órgãos reguladores institucionais para melhorar as questões de privacidade.
▶️ François Pierrel (JCDecaux), Gail Heimann (Weber Shandwick) e Neil Patel (NpDigital), especialistas em marketing debatem quais são as principais tendências do setor, como o uso da #IA, a dinâmica de monetização, o crescimento da #personalização nas redes sociais e novas formas de produção de conteúdo no mundo digital.
▶️ Eric Acher (Monashees), Renata Quintini (Renegade Partners) e Edith Young (Race Capital) foram unânimes na tese de que #AméricaLatina está bem posicionada para continuar a atrair capital e seu potencial de se tornar um hub de #inovação. Tudo isso favorecido pelo grande mercado consumidor, flexibilidade e escalabilidade dos negócios criados localmente.
▶️ Gina Gotthilf (Latitud) e Gabriela Estrada (Vexi) discutiram as qualidades dos #fundadores de startups bem-sucedidos. Para elas, é crucial a conexão do fundador com o problema que ele resolve e seu #propósito de vida. Paixão pelo que faz, envolvimento do cliente e capacidade de contar boas histórias foram destacados como os "ingredientes" do sucesso de um negócio.
📌 Recomendações do mês
Em parceria com a BRQ Digital Solutions, lançamos um novo report sobre o cenário de digitalização do varejo no Brasil em 2023. Nele, você encontra os principais números do varejo e do consumo mobile, quais são os principais desafios do "phygital", tendências quando ao uso de tecnologias disruptivas no setor e muito mais!
Feito por Deloitte e Febraban, o primeiro volume do relatório traz as tendências em tecnologia e investimentos da indústria bancária brasileira. Nela, são abordados os principais temas como cloud, inteligência artificial e movimentos emergentes, bem como os investimentos realizados no setor e as perspectivas para 2023.
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