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Ciclos de inovação: entenda a teoria e confira a linha do tempo







A teoria de ciclos de inovação foi desenvolvida pelo economista austríaco Joseph A. Schumpeter (1883-1950), que também cunhou o termo “destruição criadora” em 1942. Você já conhece a trajetória do "profeta da inovação"? Go deeper.


🔵 Afinal, o que é inovação? Para Schumpeter, consiste na aplicação industrial ou comercial de algo novo produtos, método de produção, mercados, fontes de matérias-primas e/ ou estruturas organizacionais. Em geral, elas vêm acompanhadas pelo aumento da produtividade do capital e do trabalho, pois os empresários inovadores trazem produtos com vantagens competitivas frente aos seus concorrentes.


🔵 A tal "destruição criativa". É o processo de introdução dessas novidades no mercado, que destrói empresas e modelos antigos não competitivos ou inovadores. Esse é o impulso fundamental para manter em movimento a máquina capitalista e, assim, levar ao desenvolvimento econômico.


Para ele, os ciclos de negócios operam sob longas ondas de inovação isto é, têm sua origem em inovações tecnológicas e financeiras , que geram momentos de "boom", seguido por estabilização e depois uma depressão ou recessão.


Esse processo pode ser ilustrado como ondas, que ocorrem de forma cada vez mais rápida. A seguir, confira quais foram as seis ondas de inovação que ocorreram nos últimos 250 anos e suas principais características:

Alguns teóricos sugerem que já estamos vivendo a sétima onda. Com o pandemia de Covid-19, houve uma aceleração da transformação digital em diversas áreas: modelo de trabalho remoto, novas experiências no metaverso, uso do blockchain, introdução de novos tipos de ativos (criptomoedas, NFTs, tokens), privacidade no mundo digital e muito mais.


🔵 Protagonismo do empreendedor inovador. É o agente responsável pelo processo de destruição criativa. Nas palavras de Schumpeter, o empreendedor é "o impulso fundamental que aciona e mantém em marcha o motor do capitalismo [a destruição criativa], constantemente criando novos produtos, novos métodos de produção, novos mercados e, implacavelmente, sobrepondo-se aos antigos métodos menos eficientes e mais caros".


🔵 Relação entre inovação e finanças. A inovação é financiada a partir da criação e oferta de crédito. Ou seja, crédito é o elemento fundamental do processo de desenvolvimento econômico.


🔵 Destruição criadora no mundo dos negócios hoje. Esse processo pode ocorrer em grandes empresas inovadoras, como as big techs. Porém, é mais provável que isso aconteça em startups, na medida em que elas têm mais acesso ao capital de risco.


Resumo da ópera: as novas tecnologias surgem como ondas. Em geral, os empresários inovadores trazem produtos com vantagens competitivas frente aos seus concorrentes, o que gera um aumento da produtividade do capital e do trabalho. Mas isso só é concretizado a partir da oferta de crédito barato.


Aos curiosos: quem foi Joseph A. Schumpeter


Joseph Alois Schumpeter (1883-1950) é considerado um dos mais importantes economistas do século XX e precursor teórico do papel da inovação como motor do sistema capitalista.


Nascido no Império Austro-Húngaro (atual República Tcheca) em 1983, Schumpeter recebeu uma formação típica da aristocracia da época. Formou-se em direito na Universidade de Viena e foi um pouco de tudo: professor universitário de antropologia, presidente de um banco privado até ministro das finanças.


Na década de 1930, com a ascensão do nazismo na Europa, Schumpeter migra para os Estados Unidos para assumir o cargo de docente na Universidade de Harvard, onde permaneceu até o fim de sua vida.


Schumpeter foi precursor de diversas teorias sobre o crescimento econômico, estratégias empresarias e história econômica. Entre elas, está a teoria dos ciclos de inovação. Nas palavras do biógrafo Thomas K. McCraw “Schumpeter é o analista mais aguçado do capitalismo que já existiu". Go deeper.


Referências



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