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Empreender é autoconhecimento? Ingrid Barth, fundadora do Link, te conta como é fazer um exit

Conheça a história da empreendedora que busca se tornar presidente do Banco Central no futuro.



Depois de ouvir duras críticas na infância, Ingrid Barth entendeu cedo a importância dos estudos quando se tem ambição. Após anos no mercado financeiro, decidiu que estava na hora de empreender e olhar com mais carinho para as empresas. O Linker nasceu enquanto o movimento de fintechs brasileiras estava focado em PFs e, no momento em que os PJs começaram a ser lembrados pelo mercado, Ingrid já estava pronta para fazer seu primeiro exit. Em novembro de 2021 o Linker foi adquirido pela Omie, um negócio que envolveu R$120 milhões em dinheiro e ações.


Em um papo descontraído para o vídeocast Venture, produzido pela Snaq em parceria com a Fisher Venture Builder, Ingrid falou sobre seu início de carreira, como foi assinar os papéis da venda dias depois de dar à luz e ainda ressaltou sobre a importância de ter participado de diversos órgãos regulatórios.


“Empreendedorismo é autoconhecimento"

Quando questionada sobre a sua experiência ao fundar uma startup, Ingrid comentou como foi importante conhecer a si mesma para que as expectativas não fossem um ponto negativo durante a sua jornada. A vontade de empreender surgiu após o MBA, quando teve contato com novos universos: “ali eu descobri que a tecnologia ia dominar todas as áreas de negócios e eu queria estar do lado que ia disruptar. Lembro de pensar, e se os bancos deixassem de existir?”


Em tom de brincadeira, Ingrid falou sobre seu MVP, quando diz que descobriu que “ter um negócio financeiro é ser quase um psicólogo, porque todo mundo tem uma história triste pra contar sobre o mercado financeiro tradicional” e que, também nessa fase, conheceu seus verdadeiros amigos, “afinal estar nos momentos difíceis é uma coisa, testar a primeira versão ruim do seu produto é outra”, argumentou rindo.


Quem vai me representar se eu não me representar?

Ativa em diversas associações, Ingrid está à frente do projeto do Open Banking, já representou o Brasil na ONU falando de blockchain e atualmente é vice-presidente da ABStartups. Para a empreendedora "é estratégico estar à frente de um setor que ainda está sendo construído. Acho inteligente e sofisticado fazer parte desses orgãos”.


Além disso, a presença feminina no mercado financeiro ainda é minoritária e Ingrid salienta como a representatividade é importante em um setor tão importante quanto o de inovação, seja ele ligado a fintechs ou não.


Entender o que é melhor para a empresa

Tão sonhado por muitos empreendedores, o momento do exit não é uma decisão simples. “É um processo interno, não é uma decisão trivial. Você acaba tendo um apego emocional. Poxa, é seu filho, então é preciso entender o que é melhor para ele, não só para você”, comentou Ingrid.


A executiva ainda comenta: "Ninguém vai entender o porquê você está apostando todas as suas fichas nesse negócio. É solitário e dolorido se manter nesse processo”. Mas depois do cheque assinado as coisas mudam “comprei todas as besteiras que estavam na minha lista da Amazon enquanto comia um japonês de boa qualidade” relembra Ingrid rindo sobre a sua primeira noite com o dinheiro na conta.




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