Confira vendas totais, receita, lucro e outros indicadores da gigante do varejo brasileiro!
😎 Conheça a história do Magalu
Na década de 1950, Luiza e Pelegrino Donato tinham um sonho: constituir um comércio que gerasse emprego para toda a família em Franca, interior de São Paulo. Assim nasceu a rede de varejo Magazine Luiza, com foco em bens duráveis para a classe média brasileira.
A companhia se transformou em uma empresa de tecnologia, que fornece uma ampla gama de produtos e serviços. Hoje, está presente em milhares de municípios brasileiros e conta com um grande ecossistema digital, o Magalu.
Confira os principais números do Magalu no 4T'22:
🔵 Carteira de crédito: R$ 20,5 bilhões
🔵 TPV: R$ 25,7 bilhões (15% YoY)
🔵 Vendas totais: R$ 18 bilhões (+15% YoY)
🔵 Receita líquida: R$ 18 bilhões (+18% YoY)
🔵 Prejuízo líquido: R$ 28,8 milhões
🛍️ Magalu entra de vez no mundo digital; expansão do seu ecossistema via aquisições
Para Frederico Trajano, CEO do Magalu, o futuro do varejo é online, não físico. O executivo também destacou os avanços em termos de diversificação de produtos e marketplace. Isso tem sido o motor de crescimento acelerado do e-commerce, que desde 2020 é o principal canal de vendas da varejista, representando 72% do total.
#ZoomOut: Outro elemento que marca sua presença no mundo digital é sua influencer digital (literalmente!). Lu, assistente virtual do Magazine Luiza, dá calor humano aos canais onlines da companhia.
Em contraste com seus concorrentes, o e-commerce do Magalu conta com uma única marca, que auxilia na racionalização de custos como marketing, logística e sistemas. Para Trajano, o varejo é um terreno fértil para a expansão lateral, com ofertas de outros serviços complementares — por exemplo, apps de delivery e bancos digitais.
Para concretizar a expansão e a consolidação de seu ecossistema digital, a varejista segue com foco em três setores — retail (varejo), pagamentos e advertising (anúncios). As aquisições de outras empresas desses setores foi o principal veículo dessa expansão. Entre as aquisições mais notáveis, estão a KaBuM!, Jovem Nerd e Hub Fintech.
💳 Fintech Magalu e Luizacred: big numbers
Em 2020, o Magazine Luiza adquiriu a Hub Fintech, que teve um papel crucial na estruturação da Fintech Magalu. Só no 4T'22, o braço financeiro digital do Magalu registrou um TPV (volume total transacionado) de R$ 25,7 bilhões, alta de 15% YoY.
#ZoomOut: assim como seus concorrentes (Mercado Livre e Americanas), o Magazine Luiza segue apostando na expansão da vertical de serviços financeiros, com destaque para o cartão de crédito (Luizacred) como forma de impulsionar as vendas do seu core business.
💰 Receita e lucro do Magalu
O Magazine Luiza bateu recorde de vendas totais no 4T'22: R$ 17,5 bilhões, alta de 15% YoY. O quarto trimestre do ano é caracterizado por um maior volume de vendas em comparação aos demais, impulsionado por compras de fim de ano e datas comemorativas, como Black Friday, Copa do Mundo e Natal.
#ZoomOut: o setor varejista brasileiro como um todo cresceu 5,8% em comparação a 2021, segundo dados da Neotrust
Como efeito, a receita bruta totalizou R$ 13,5 bilhões, alta de 52% YoY. O destaque positivo foram as receitas de juros, que dobraram frente ao terceiro trimestre de 2021. Desconsiderando juros e serviços, a receita líquida ficou em R$ 1 bilhão.
Em termos de resultado líquido, o Magalu registrou prejuízo mais uma vez no 4T'22. Apesar do recorde de vendas, o prejuízo líquido trimestral chegou a R$ 35,9 milhões, contra lucro de R$ 93 milhões no 4T'21.
Há diversos fatores que impulsionaram os números negativos ao longo de 2022:
🔵 Cenário macroeconômico desafiador. Empresas ligadas ao varejo, como é o caso do Magalu, costumam ser as mais penalizadas em meio à alta dos juros e inflação — em outras palavras, crédito mais caro e corrosão do poder de compra dos consumidores.
#ZoomOut: para os próximos trimestres, espera-se um cenário menos austero (redução dos juros e desaceleração da inflação), que viabilizará o repasse de aumento de custos e impostos para o consumidor e a redução do custo de aquisição de clientes.
🔵 Aumento da concorrência no setor. A entrada de novos players colocou em xeque sua posição de liderança no varejo brasileiro, com destaque para Mercado Livre e Amazon. Com a crise da Americanas, espera-se que o Magalu absorva parte do seu market share.
📈 Ações do Magalu (BVMF: MGLU3)
O termo "qual será a próxima Magalu” viralizou no mercado financeiro, ao se referir aos ativos que prometem um crescimento expressivo, como aconteceu com as ações do Magazine Luiza. No segundo semestre de 2021, as ações atingiram o pico.
Desde então, as ações do Magalu experimentaram uma queda significativa. O motivo? Aumento da concorrência no varejo brasileiro (com destaque para players como Mercado Livre e Amazon) e deterioração do cenário macroeconômico durante a pandemia.
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