Um resumo atualizado dos principais indicadores da gigante do streaming!
🔎 Conheça a história da Netflix
Fundada em 1997 por Reed Hastings e Marc Randolph, a Netflix começou como serviço de aluguel de #DVDs. O conceito era simples: os assinantes pagavam uma taxa mensal para receber DVDs pelo correio e devolviam depois de assistir. Nos anos 2000, com o avanço da internet e digitalização do entretenimento, a empresa decidiu lançar o serviço de #streaming.
E não parou por aí: em 2013, lançou a série House of Cards, seu primeiro programa original, que foi um sucesso e consolidou a Netflix como #produtora de séries e filmes também. Hoje, a Netflix é uma das maiores empresas de streaming do mundo, com quase 240 milhões de assinantes pagos e um catálogo amplo de programas de TV e filmes originais.
A seguir, confira uma análise sobre os resultados dos últimos trimestres e as principais estatísticas (receita, lucro e operacionais) da Netflix!
📊 Resultados Trimestrais da Netflix: Análise
➡️ Big numbers da Netflix, 1T'23
Quantidade de assinantes pagos: 231,7 milhões (+5% A/A)
Receita: US$ 8,1 bilhões (+4% A/A)
Lucro: US$ 1,3 bilhões (-18% A/A)
⚪ A evolução dos resultados trimestrais da Netflix nos últimos anos é notável. No início de 2020, houve um "boom" no número de assinaturas pagas, em função das restrições impostas pela pandemia, que tornou as plataformas de streaming uma das principais formas de entretinimento do período.
#ZoomOut: 58% dos usuários de internet viram mais vídeo e TV em plataformas de streaming no momento mais crítico da pandemia, segundo dados da Kantar. Em média, o tempo de consumo de conteúdos em plataformas de streaming saltou para 1h50 por dia.
Porém, com i) a redução das restrições da pandemia, ii) entrada de novos players no setor (Disney+, HBO Max, dentre outros) e iii) redução do poder de compra dos consumidores, nota-se uma redução do ritmo de crescimento da base de assinantes. No 1T'23, a Netflix tinha 232 milhões de assinantes pagos (+5% A/A).
⚪ Outro ponto que chama a atenção é o número de assinantes pagos e a geração de receita por região. Nota-se que os Estados Unidos e Canadá lideram, representando 44% da receita total gerada pela Netflix.
Com a retração no número de assinaturas em regiões mais rentáveis (Estados Unidos e Canadá), a Netflix tem apostado na Ásia e na África para crescer sua base de assinantes. Porém, estas regiões têm uma receita por usuário inferior.
⚪ Em janeiro de 2023, Reed Hastings, cofundador da Netflix, anunciou sua saída do cargo de CEO ocupado há 25 anos. Os novos CEOs da companhia, Greg Peters e Ted Sarandos, figuram uma mudança estratégica interna dado um cenário mais austero para a indústria do entretenimento.
➡️ Big numbers da Netflix, 2T'23
Quantidade de assinantes pagos: 238,3 milhões (+8% A/A)
Receita: US$ 8,1 bilhões (+3% A/A)
Lucro: US$ 1,4 bilhão (+3% A/A)
⚪ O número de assinantes pagos da Netflix chegou a 238,3 milhões (+8% A/A) no 2T23. Podemos observar na curva vermelha do gráfico que houve um inversão da tendência da curva. O motivo? A execução da política de fim de compartilhamento de senhas. Hoje, a aposta da Netflix são i) a oferta de planos mais baratos com propaganda e ii) o fim do compartilhamento de senhas para ampliar a base de assinantes.
#ZoomOut: Estima-se que 43% de sua base de usuários passa senhas para não assinantes, o que afeta sua capacidade de investir em novos conteúdos.
⚪ No Brasil, a Netflix está perdendo market share nos últimos trimestres para outras plataformas, segundo dados da Just Watch. O motivo? Nota-se que a Netflix tem o 2º maior preço de assinatura do país, e, com a redução do poder de compra, parte dos consumidores cancelaram o plano ou migram para plataformas concorrentes.
➡️ Big numbers da Netflix, 3T'23
Quantidade de assinantes pagos: 247,1 milhões (+11% A/A)
Receita: US$ 8,5 bilhões (+8% A/A)
Lucro: US$ 1,7 bilhões (+20% A/A)
⚪ Em meio à greve dos atores e roteiristas de Hollywood, a Netflix se manteve resiliente no 3T23. A gigante acrescentou 8,8 milhões de assinantes pagos no período, como efeito do fim do compartilhamento de senhas e o lançamento de títulos de sucesso — destaque para os títulos "One Piece" (S1), "The Witcher" (S3), "Top Boy" (S3) e "Sex Education" (S4).
Em meio às medidas de aumento da base de assinantes pagos, a Netflix também anunciou um aumento de preço nas assinaturas em diversos países, com destaque para os Estados Unidos, Reino Unido e França, que hoje são suas principais fontes de receita. →
#ZoomOut: A evolução da receita média por assinantes estava estagnada desde janeiro de 2022; até então, a Netflix não havia realizado um ajuste em valor real das assinaturas. O motivo? As dificuldades para repassar preço aos consumidores, devido à redução do poder de compra dos consumidores e aos ganhos de market share de novos players.
⚪ Em setembro, a Netflix encerrou seu serviço de aluguel de DVDs. Após 25 anos de operação do negócio que deu origem à Netflix, o serviço de aluguel de DVDs por correios tinha 1 milhão de assinantes e representava apenas 1% da receita total da empresa. A Netflix disse que concentrará recursos na expansão de novos mercados.
A companhia segue apostando em novas verticais, como games e transmissão de esportes ao vivo. Denominado de #NetflixCup, a 1ª transmissão ao vivo de esportes da Netflix reúne atletas de duas séries esportivas: Full Swing (golfe) e Drive to Survive (Fórmula 1). →
Fonte: Netflix
#ZoomOut: Com isso, a Netflix dá seu primeiro passo no setor de transmissões esportivas ao vivo — que inclui novos players, como Apple TV+ (MLB e MLS), Amazon Prime Video (NFL e NBA) e Paramount+ (Libertadores e Copa Sul Americana). A iniciativa visa obter novos catalisadores de receitas.
⚪ A regulamentação de diversos setores tem sido uma pauta recorrente, e com o streaming não foi diferente. Recentemente, Netflix, Paramount+, Discovery, Disney e outras 13 plataformas de streaming formaram o grupo #SIA (Aliança de Inovação de Streamings) com o objetivo de lidar com questões regulatórias nos Estados Unidos. →
Fonte: Streaming Innovation Alliance (SIA)
#ZoomOut: Uma das pautas centrais é assegurar que elas não estarão sujeitas às mesmas leis estabelecidas para plataformas de conteúdo produzidos por usuários, como o #TikTok e outras redes sociais — as empresas alegam que isso pode frear a inovação no setor. Apple e Amazon optaram por não fazer parte do grupo.
➡️ Big numbers da Netflix, 4T'23
Quantidade de assinantes pagos: 260,2 milhões (+13% A/A)
Receita: US$ 8,8 bilhões (+12% A/A)
Lucro: US$ 938 milhões (+1500% A/A)
⚪ Nota-se que houve uma desaceleração dos investimentos na produção de novos conteúdos nos últimos trimestres. O motivo? Há uma dinâmica própria do mercado de streaming, em que as produções sofrem uma depreciação acelerada e, do ponto de visto do consumidor, é fácil migrar para outra plataforma para assistir o filme e/ou série "do momento".
Apesar disso, no 4T23, a gigante do streaming superou as expectativas em termos de quantidade de assinantes (260 milhões, +13% A/A) e métricas financeiras, em função da política de fim de compartilhamento de senhas e priorização de outras verticais mais rentáveis: games (destaque para o GTA) e esportes ao vivo.
Na mesma ocasião, a Netflix informou que fechou um acordo de exclusividade com WWE (luta livre dos Estados Unidos), no valor de US$ 5 bilhões. É a 1ª vez que o programa deixará de ser exibido em uma rede de TV aberta. Hoje, os esportes ao vivo são a principal fonte de audiência e receita das TVs no mundo. →
📊 Receita e lucro da Netflix
No terceiro trimestre, a receita consolidada totalizou US$ 8,8 bilhões (+12% A/A). Esse resultado é calculado a partir do número de assinantes pagos multiplicado pela receita média por cliente.
Por sua vez, o lucro líquido ficou em US$ 938 milhões (+1500% A/A). Em relação à forte queda do lucro trimestral no 4T22, está relacionada a um resultado não recorrente no período, gerado por efeitos cambiais de uma dívida da Netflix notada em euros.
📈 Ações da Netflix (NASDAQ: NFLX)
Após a divulgação de resultados do 4T23, as ações NFLX registraram um salto de 5%. O motivo? As mudanças estratégicas trouxeram incrementos de receita (e lucro) e sinalizam novos catalisadores de receita no curto/ médio prazo.
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